Catapora ou varicela, o que você precisa saber

A catapora ou varicela

Dr. Eduardo Castanhel
Dr. Eduardo Castanhel CRM 11935

A catapora ou varicela é uma doença viral altamente contagiosa que foi descrita pela primeira vez pelo médico italiano Giovanni Filippo, no ano de 1500. É causada pelo vírus Varicela-zóster e atinge principalmente crianças, no entanto, não deixa de ser diagnosticada também em adultos.

A doença que é bem comum, pode ser transmitida em qualquer época do ano e em qualquer lugar do mundo, porém, tem maior prevalência no fim do inverno até o início da primavera, época em que ocorrem surtos em creches, escolas e locais fechados, principalmente nas áreas urbanas com grade aglomeração de pessoas.

No Brasil, entre 2012 e 2017, de acordo com o Sistema Único de Saúde (SUS), foram registrados 602.136 casos de varicela, sendo a região Sul, a que notificou o maior número de casos (199.057 casos) durante o mesmo período.

Transmissão

A doença é facilmente transmitida de pessoa para pessoa através do contato com a saliva ou secreções respiratórias, pelo contato com o líquido da bolha, através da placenta na gestação ou muito raramente por objetos contaminados pelo vírus.

Sintomas

A catapora ou varicela, possui um sintoma clássico, que é a erupção na pele. Essas erupções surgem de 14 a 21 dias após o contágio da doença.

Durante este período, surgem manchas vermelhas na face, no tronco ou no couro cabeludo, que podem se espalhar por todo o corpo, estas, coçam muito e transformam-se em bolhas cheias de um líquido que, após alguns dias fica escuro e as bolhas secam, para então tornarem-se crostas.

No decorrer das fases da doença, podem surgir sintomas como febre, cansaço, perda de apetite e dores de cabeça.

Assim que a doença se iniciou, não há uma cura imediata, porém, existem loções e cremes para o corpo que podem amenizar a coceira.

Manifestações e complicações da doença

Na maioria dos casos, a doença evolui sem gravidade alguma em pessoas saudáveis. Portanto, em alguns casos, pode ocorrer a redução da função dos órgãos internos, infecções bacterianas na pele, e, raramente, em alguns casos, sangramento espontâneo.

A varicela pode ser considerada grave, quando transmitida a pessoas com imunodeficiência e recém-nascidos, ou em casos onde a transmissão ocorreu dentro do mesmo local, isto, porque o tempo prolongado de convívio, transmite uma maior quantidade de vírus para a pessoa.

Estas pessoas, desenvolvem um número mais elevado de lesões que podem comprometer o pulmão, o fígado e o sistema nervoso central.

As complicações pulmonares (pneumonite) causadas pelo vírus varicela-zóster são mais comuns nos adultos.

Caracterizando-se pelo aumento da frequência respiratória, tosse, falta de ar e febre. Em casos leves, os sintomas da pneumonite tendem a desaparecer em 24 a 72 horas, no entanto, cerca de 30% dos casos geram uma evolução grave, progredindo para a insuficiência respiratória e morte.

As manifestações neurológicas (ataxia cerebelar e encefalite), são raras, porem quando ocorrem, podem deixar sequelas. Caracteriza-se pela perda de coordenação motora, vômitos, alteração na fala, tonteira e tremores.

Já as infecções bacterianas são responsáveis pela maior parte dos internamentos, onde são geradas infecções de pele devido à contaminação por bactérias durante a coçadura.

Após a infecção, o vírus da doença permanece no organismo por toda a vida, sem causar danos, pois não é eliminado pelo sistema imunológico.

Em imunodeficientes e idosos, em alguns casos, o vírus pode reaparecer, causando o herpes zóster (“cobreiro”), o qual caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas vesículas dolorosas em uma região limitada da pele, geralmente em um lado do tronco, na face e membros.

O herpes pode deixar complicações como dores locais, que podem permanecer mesmo depois da cicatrização das lesões e quando presente na região facial, pode levar ao comprometimento da visão e cegueira, quando não tratado de forma adequada.

Em gestantes, a infecção pelo vírus é considerada preocupante. Quando a infecção ocorre no primeiro trimestre de gestação, pode, em alguns casos, resultar em má formação fetal e quando surge no fim da gestação ou logo após o parto, o recém-nascido pode vir a desenvolver doença disseminada, com 30% de chance de vir a óbito.

Tratamento

Em muitos casos, a doença é diagnosticada facilmente por médicos ou pela própria pessoa, portanto, em consultórios médicos é feita uma avaliação clínica, e a confirmação laboratorial do vírus, se necessário.

O tratamento geralmente é feito por meio de medicamentos específicos recomendados pelo médico, os quais são indicados para aliviar dores de cabeça, febre e a coceira.

Os cuidados higiênicos são de extrema importância e devem ser feitos apenas com água e sabão.

A partir do aparecimento das manchas, principalmente as crianças, devem ser afastadas do convívio social, da creche ou escola por aproximadamente 7 dias.

Prevenção

A catapora ou varicela, pode ser evitada por meio da vacinação.

No Brasil, a vacina é licenciada na apresentação monovalente ou combinada com a tríplice viral, sendo então, a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

Na rede privada de saúde, a vacina é oferecida separadamente, onde pode ser adiantada a dose caso haja risco. A vacina é indicada para pessoas sadias a partir de 9 meses de idade, com um reforço, respeitando o intervalo de 6 a 10 semanas.

A vacina é contra indicada para gestantes.


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